terça-feira, 14 de setembro de 2010

Crônicas

EMI PARTICIPA DAS OLIMPÍADAS DE LÍNGUA PORTUGUESA - GÊNERO CRÔNICA - 1ºS ANOS.

DE BRINCADEIRA PARA PUNIÇÃO

Tudo começou com uma brincadeira idiota de sala de aula. Alunos conversando, sem prestar muita atenção ao que o professor dizia, até que, de repente, Marcelo falou:
- Diogo, você bem que poderia passar um perfume, né?
Toda a sala caiu na gargalhada, menos o professor e o injustiçado. O professor, que não gostou nada da brincadeira, mandou Marcelo para a direção.
Depois desse episódio, começaram as perseguições, ameaças, empurra daqui, chuta dali... Estava ficando insuportável Diogo agüentar as provocações.
Um dia, Diego estava voltando para casa e dá de cara com Marcelo. Marcelo já começa a insultar Diogo até que Marcelo bate no pobre garoto. Sem reação, Diogo fica estirado no chão, esperando que alguém venha o socorrer.
Mas Diogo teve uma idéia: mostrar para todo mundo ver o que estava acontecendo com ele. Resolveu pegar uma câmera e gravar tudo e depois mostrar para o colégio inteiro.
Lá estava ele, indo para a aula e, de repente, alguém começa a insultá-lo. Diogo já sabia quem era, por isso ligou a câmera e começou a gravar. Depois de ter provas suficientes foi para a direção e mostrou para a diretora. Cinto minutos depois, o vídeo estava sendo passado em todo o colégio. Ninguém queria mais andar com Marcelo. Seus pais foram chamados e o Conselho Tutelar também.
Deram uma bela punição: Lavar todas as janelas da escola em menos de um mês. Foi uma boa punição, mas teria que ser mais severa, para os adolescentes aprenderem a respeitar seus colegas.

Daniela Pivetta –turma 114



DROGA!!!

Havia três garotos, Mark, Scott e Tom, que foram ao cinema para assistir a pré-estréia de um filme.
Quando chegaram lá, compraram muito refrigerante e pipoca. Então, entra a ex-namorada de Mark com outro. Mark fica desesperado, atira as pipocas para o alto e cai de joelhos no chão, sem se conformar com o fato, embora seus amigos Scott e Tom nem percebam. Porém, o vendedor de pipocas, um homem extremamente feliz, ao ponto de ficar saltitando com um sorriso de orelha à orelha e olhos esbugalhados de animação, percebe. Porém, não faz nada também.
Apesar de tudo, eles entram na sala de cinema e o casal de namorados senta-se à frente dos três.
Mark os perturba jogando pipoca nos dois, cutucando o ombro da ex-namorada, até que Mark abraça sua ex. E foi nesse momento que o novo namorado de sua ex corre atrás de Mark e o alcança na frente da venda de doces, na qual, novamente, o pipoqueiro feliz, só sorri.
Então Scott e Tom saem da sala de cinema, mas não se importam nem um pouco com Mark, que tenta fugir desesperadamente de seu agressor, sem sucesso. Então, Mark se agarra nas pernas de Tom fazendo suas calças caírem, porém Tom não havia percebido, até que Scott o avisou.
Neste momento, chega a ex-namorada de Mark, que se aborrece com a criancice dos dois e vê o pipoqueiro feliz varrendo o chão alegremente e o chama para dar uma volta, deixando, assim, os quatro novos amigos encostados no balcão.
Sávyo de Avila– Turma 113


UM DIA DE PROVA

Eram oito horas da manhã. A cidade estava silenciosa, mas isso não quer dizer que não continuasse bela. As ruas tinham a companhia do vento e das folhas que o outono deixou cair. Nem os pássaros se atreveram a voar em meio a toda aquela geada, que mais parecia a capa branca do Sr. Inverno.
Alguém tocou a campainha gelada da minha casa. Fui atender:
- Oi, Camila! Pensei que já estivesse na escola. Faltam trinta minutos para a prova que vai decidir nossas vidas.
- Desculpe, Sônia, mas estou com medo... você sabe o que vai acontecer se eu não passar de ano...adoro esta cidade.
- Sei... eu também não quero que você se mude, mas tem que enfrentar...seus pais são severos demais.
- Vamos, então!
Durante o caminho, falar parecia tarefa difícil para quem viveu os doze anos de vida com uma amiga cem por cento, com a qual podia contar para qualquer coisa a qualquer hora. Além disso, o vento gelado cobriu nossos corpos com um sopro de suspense, não permitiu nem uma palavra sequer.
- Chegamos. Te encontro em uma hora.
Pra mim, essa foi a hora mais longa da minha vida. A prova parecia um monstro, muito difícil de combater e impossível de evitar.
- Alunos, seu tempo acabou. O resultado sai em uma hora, boa sorte!
A voz da professora ecoou em mim como a batida de um tambor. Não seria só um bimestre perdido. Podia ser o fim de uma fase ótima da minha vida, uma fase calorosa, alegre e leve como a pena de uma pomba.
A professora surgiu e falou que todos foram muito bem na prova.
Nesse momento, senti o inverno acabar, o calor do sol bater em meu rosto e senti um abraço estrondoso da minha eterna amiga.
Os meus pais ficaram felizes. Agora o problema é o próximo bimestre. Mas este será diferente, pois quero construir uma casa dentro dos livros e lá quero morar. Não vou correr o perigo de ter que me mudar de cidade.
- E aí, vamos viajar nas férias, Sônia? Que tal Rio de Janeiro?
- Viajar? Vamos! Mas, como gostamos muito desta cidade, colonizada por pessoas sem medo, com bondade no coração, como gostamos muito das praças, do museu e de tudo de bom que ela tem, vamos ficar?
- Claro! Era tudo que eu queria ouvir!


(Texto classificado na escola)
Aline E. B Tosin
Turma 115